A Paróquia de Corroios acolheu, no passado Sábado, 21 de Maio, o III Encontro de Coralistas da Diocese de Setúbal do presente ano pastoral. Direccionado para as Vigararias de Almada, Seixal e Caparica, o encontro foi dedicado aos cânticos do Ordinário da Missa, «sobretudo aos vários ritos que, na sua riqueza história, litúrgica e musical integram a Liturgia da Palavra», como salientou o Padre Marco Belchior, colaborador da Comissão Diocesana de Música Sacra.
Com uma participação abaixo do que seria desejável, o encontro de coralistas do passado sábado decorreu de uma forma positiva e em ambiente de louvor a Deus. De acordo com o Padre Marco Belchior, existem algumas dificuldades que impediram uma participação mais elevada. Alguma falta de interesse dos párocos, as falhas de coordenação e comunicação nas paróquias e alguma desvalorização da aprendizagem da música por parte dos directores de coros das paróquias foram alguns dos exemplos apontados pelo sacerdote.
Para além disso, o Padre Marco considera que a música sacra ainda «não está muito cultivada na nossa diocese, em grande parte pela falta de formação litúrgica e musical» e que «esta música não é muito valorizada porque implica trabalho, esforço, muito empenho e alguma capacidade de ‘renúncia’ da parte de quem a canta e vive e, igualmente, de quem a dirige».
Mais do que formação musical propriamente dita, o Padre Marco Belchior acredita que estes encontros são úteis e necessários porque «procuram sensibilizar os baptizados das comunidades cristãs da diocese para a realidade e beleza da música sacra» e «despertam nos nossos cristãos a ideia da Igreja como ‘comunhão’».
Glorificar a Deus
Destacando a importância da música sacra na Liturgia que, de acordo com o Concílio Vaticano II, tem a missão de glorificar a Deus e santificar as almas, o Padre Marco Belchior fala da sua experiência pessoal: «Na minha conversão mais consciente a Jesus e à vida cristã, a música sacra foi um autêntico “mergulhar” no mistério do amor de Deus que celebramos e nos é comunicado nos sacramentos. Não havia momento algum em que eu não quisesse estar diante do “Jesus” escondido, a sós, a conversar com Ele como a um amigo e a cantar-Lhe com todo o fervor do meu ser e com toda a minha alegria».
Para que a música sacra possa ter mais expressão na diocese de Setúbal, o sacerdote acredita que «é decisivo acarinharmos esta música e enriquecermos os coros das nossas comunidades, principalmente os mais jovens, e nunca, em circunstância alguma, baixarmos os braços». Nesta mesma perspectiva, o Padre Marco sugere o «hábito salutar» de nas paróquias se «rezar por esta causa, pelos compositores e por aqueles que servem Jesus e a Igreja neste campo de missão».
Anabela Sousa
Fonte: http://noticiasdesetubal.pt
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